quinta-feira, janeiro 25, 2007

Destaques de 2006

Neste mês meio morto de janeiro, continuo com os destaques de 2006. E para começar destaco algumas coisas que me chamaram a atenção (e algumas não necessariamente saíram em 2006).

Blacksad

Eu já falei muito sobre Blacksad (só rolar a página para baixo e ler), por isso só vou comentar que a terceira parte da saga, que saiu em 2006, manteve o nível da série imperdível.

Kristian (Artista de Supermarket)

Grata surpresa no mundo indie, ou não tão indie pois o roteiro é de Brian Wood, Kristian foi artista da boa mini-série Supermarket. Com desenhos estilizados e cores bem gráficas ele ainda trouxe alguns elementos de narrativa bem interessantes.

The Wonderful Wizard of Oz

Belíssima adaptação da história de L. Frank Baum pelos espanhóis David Chauvel e Enriqeu Fernández. Publicado originalmente na França, o gibi saiu pela Image nos EUA, e enfim eu pude ler (já que eu não leio bosta nenhuma de francês). Com uma abordagem contemporânea a obra a HQ é muito bem escrita e a arte de Fernández, oriundo da animação, é soberba com cores muito bem trabalhadas. Mais um artista de animação arrebentando nos quadrinhos.

Conan (Mignola e Cary Nord)

Eu sou puta suspeito pra falar do Mignola, mas estas edições dele escrevendo e o Cary Nord desenhando o Conan foram bem interessante. Essa série nova do Conan pela Dark Horse tem sido cheia de altos e baixos, mas estas edições são muito boas.

Mouse Guard

Quem diria que a história de um rato faria tanto sucesso. Mas não é qualquer rato e sim uma sociedade de ratos em um mundo medieval. A história enfoca as aventuras de um grupo de guerreiros guardas reais. E além da história e da arte serem boas, a HQ foge dos estereótipos pois os ratos não são gigantes (como as Tartarugas Ninjas), nem tem poderes especiais, são sim organizados e vivem como uma sociedade humanizada. Seus grande inimigos são outros ratos e as cobras. É meio um Fivel violento e de macho.

Solo

Infelizmente outra série que aparentemente bateu as botas por falta de público. Uma ótima idéia comandada por Mark Chiarello na DC, Solo consistia em edições independentes que eram dadas a artistas específicos para que eles produzissem histórias diversas, as vezes sozinhos, as vezes acompanhados de roteiristas. Destaque para as edições de Darwyn Cooke (a melhor) e Sergio Aragonés.

Casanova

Boa novidade da Image, Casanova é um gibi de espionagem com um pesado toque de ficção científica. Recheado de viagens interdimensionais a HQ foi criada por Matt Fraction, que agora esta escrevendo a boa série do Iron Fist, e traz desenhos do brasileiro Gabriel Bá. Demorou um pouco pra eu gostar, mas valeu o investimento. Boa história e boa arte (cada vez melhor).

Alan Davis FF The End

Ótima série The End sobre o Quarteto Fantástico, na verdade a melhor dos The End até agora. Nessa série a Marvel coloca criadores para imaginar os eventos finais de personagens. E Alan Davis foi uma ótima escolha, desenhando muito o inglês vem contando uma história muito boa. Resta ver como acaba.

Fables

E finalmente eu comecei a ler Fables, a tão falada série da Vertigo que aborda os contos de fada com uma visão absurdamente contemporânea (eu diria até pós-moderna). E já não era sem tempo! Pra não chover no molhado vou ser breve: é tudo verdade. Leia logo!

Sleeper

Juntamente com Fables, resolve enfim ler Sleeper que há muito eu rondava. E foi infinitamente superior do que eu imaginava. Um thriller de espionagem usando super-heróis e o universo da Wildstorm como palco. A história, escrita por Ed Brubaker, é ágil e dinâmica, os diálogos são inteligentes e a trama genial. A arte de Sean Phillips combina com o tema. Uma das melhores coisas que eu li nos últimos anos.