quinta-feira, novembro 02, 2006

What I've been reading...




The Portent

The Portent é uma mini-série em 4 partes que saiu pela Image no primeiro semestre (na verdade começou a sair no primeiro semestre e acabou em Agosto). Criada por Peter Bergting, The Portent narra a história de Milo, um guerreiro transtornado pela culpa que busca redenção vagando por uma terra infestada por demônios, espíritos e outras criaturas. Até aí tudo bem, plot interessante, mas nada de mais, certo? Errado.

Peter Bergting não só criou a história como escreveu, desenhou, arte-finalizou, coloriu e letrerizou as 4 edições, fato raro hoje em dia, especialmente em quadrinhos norte-americanos (ou melhor, publicados nos EUA, pois Bergting é sueco!). Bergting tem um estilo profundamente inspirado em Mignola, mas ele traz algumas pitadas de sua própria arte e da pra perceber que ele caminha a passos largos para uma linguagem própria interessante (Além de quadrinísta Bergting é ilustrador).

E não é só no visual que ele se inspira em Mignola, Portent transita entre diversas mitologias, casando principalmente duas, a chinesa e a nórdica. Isso traz uma combinação muito interessante. A HQ foi lançada sob o gênero Fantasia, mas o próprio autor descarta essa associação e defende que sua criação é uma espécie de Horror Mitológico, algo como um Dawn of the Dead situado em um cenário histórico mitológico do norte da Europa. O TPB (edição encadernada) sairá agora dia 13 de dezembro, uma ótima pedida para o natal. Especialmente se você é um fã de Hellboy, ou de mitologia nórdica/chinesa, ou ainda se for um fã de horror. O clima de “estamos a caminho do fim do mundo” não irá decepcioná-lo.

Dusty Star

Dusty Star é outro estranho cruzamento só que desta vez um pouco mais sujo e menos assustador (claro, se você não é do tipo que não se assusta com a violência por si só). Escrita por Joe Pruett e Andrew Robinson, que também é responsável pela arte (desenho, arte-final e cor), Dusty Star é uma combinação feroz de western e motocicletas. O primeiro número começa com a protagonista, que da nome ao gibi, buscando vingança contra seu ex-bando de pistoleiros. Dusty, a personagem, é uma pistoleira violenta e fria (e nesse caso estou falando da habilidade de atirar por dinheiro ou profissão e não da condição feminina de distribuir o rabo). A história é guiada pelos objetivos da personagem e a narrativa é ágil e direta. A arte de Robinson é sensacional, estilizada e dinâmica com páginas muito bem resolvidas e personagens fortes. Muito boa leitura e uma das melhores HQs que eu li nos últimos tempos em termos de storytelling. Pena que só tem uma edição até agora.

PS: Acabei de ver o Scream Awards 2006 e é disparado a melhor premiação da TV. Sem comparação com nenhuma outra. Sem a chatice, a pieguice e a conversa afiada comprada do Oscar e sem as enrolações dos outros prêmios. O que dizer de um prêmio que inclui quadrinhos lado a lado com filmes de ficção científica, horror e terror? Sensacional!

1 Comments:

At 1:29 AM, Blogger Rene Hendrick said...

É bom ver uma premiação para filmes de terror e sci-fi. E Rejeitados Pelo Diabo (que ganhou alguns prêmios) realmente é foda. Rob Zombie Rules.

 

Postar um comentário

<< Home