segunda-feira, janeiro 29, 2007

Rejeitado

Na premiação independente de Sundance, o animador Don Hertzfeldt ganhou o prêmio do jurí de melhor curta-metragem com a animação Everything Will Be OK. Don é co-fundador do The Animation Show, o festival de animação que mais colocou curtas de animação nos cinemas da América do Norte em toda história. Don não usa computadores na produção de suas animações e não gosta de usar scripts, preferindo começar criando um conceito e ir modelando o filme durante o processo, o que possibilita várias experimentações e muita espontaneidade. Ele ainda possui e usa a câmera que foi usada para animar o desenho de 1965 A Charlie Brown Christmas (dados pegos no site imdb). Acompanhe a sua animação Rejected, que concorreu ao Oscar de curta-metragem animado em 2001 (e é bem engraçada):

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Destaques de 2006

Neste mês meio morto de janeiro, continuo com os destaques de 2006. E para começar destaco algumas coisas que me chamaram a atenção (e algumas não necessariamente saíram em 2006).

Blacksad

Eu já falei muito sobre Blacksad (só rolar a página para baixo e ler), por isso só vou comentar que a terceira parte da saga, que saiu em 2006, manteve o nível da série imperdível.

Kristian (Artista de Supermarket)

Grata surpresa no mundo indie, ou não tão indie pois o roteiro é de Brian Wood, Kristian foi artista da boa mini-série Supermarket. Com desenhos estilizados e cores bem gráficas ele ainda trouxe alguns elementos de narrativa bem interessantes.

The Wonderful Wizard of Oz

Belíssima adaptação da história de L. Frank Baum pelos espanhóis David Chauvel e Enriqeu Fernández. Publicado originalmente na França, o gibi saiu pela Image nos EUA, e enfim eu pude ler (já que eu não leio bosta nenhuma de francês). Com uma abordagem contemporânea a obra a HQ é muito bem escrita e a arte de Fernández, oriundo da animação, é soberba com cores muito bem trabalhadas. Mais um artista de animação arrebentando nos quadrinhos.

Conan (Mignola e Cary Nord)

Eu sou puta suspeito pra falar do Mignola, mas estas edições dele escrevendo e o Cary Nord desenhando o Conan foram bem interessante. Essa série nova do Conan pela Dark Horse tem sido cheia de altos e baixos, mas estas edições são muito boas.

Mouse Guard

Quem diria que a história de um rato faria tanto sucesso. Mas não é qualquer rato e sim uma sociedade de ratos em um mundo medieval. A história enfoca as aventuras de um grupo de guerreiros guardas reais. E além da história e da arte serem boas, a HQ foge dos estereótipos pois os ratos não são gigantes (como as Tartarugas Ninjas), nem tem poderes especiais, são sim organizados e vivem como uma sociedade humanizada. Seus grande inimigos são outros ratos e as cobras. É meio um Fivel violento e de macho.

Solo

Infelizmente outra série que aparentemente bateu as botas por falta de público. Uma ótima idéia comandada por Mark Chiarello na DC, Solo consistia em edições independentes que eram dadas a artistas específicos para que eles produzissem histórias diversas, as vezes sozinhos, as vezes acompanhados de roteiristas. Destaque para as edições de Darwyn Cooke (a melhor) e Sergio Aragonés.

Casanova

Boa novidade da Image, Casanova é um gibi de espionagem com um pesado toque de ficção científica. Recheado de viagens interdimensionais a HQ foi criada por Matt Fraction, que agora esta escrevendo a boa série do Iron Fist, e traz desenhos do brasileiro Gabriel Bá. Demorou um pouco pra eu gostar, mas valeu o investimento. Boa história e boa arte (cada vez melhor).

Alan Davis FF The End

Ótima série The End sobre o Quarteto Fantástico, na verdade a melhor dos The End até agora. Nessa série a Marvel coloca criadores para imaginar os eventos finais de personagens. E Alan Davis foi uma ótima escolha, desenhando muito o inglês vem contando uma história muito boa. Resta ver como acaba.

Fables

E finalmente eu comecei a ler Fables, a tão falada série da Vertigo que aborda os contos de fada com uma visão absurdamente contemporânea (eu diria até pós-moderna). E já não era sem tempo! Pra não chover no molhado vou ser breve: é tudo verdade. Leia logo!

Sleeper

Juntamente com Fables, resolve enfim ler Sleeper que há muito eu rondava. E foi infinitamente superior do que eu imaginava. Um thriller de espionagem usando super-heróis e o universo da Wildstorm como palco. A história, escrita por Ed Brubaker, é ágil e dinâmica, os diálogos são inteligentes e a trama genial. A arte de Sean Phillips combina com o tema. Uma das melhores coisas que eu li nos últimos anos.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Top seiláquanto


Pra começar o ano trago os meus melhores de 2006. Fui um pouco mais corajoso do que o Maniac e tentei dividi-los em uma ordem e ainda destaquei os melhores nos dois campos. Mas não numerei pois acho que alguns ficariam juntos e isso seria muito mais complicado (lembrem-se que eu falei um pouco mais corajoso!).

Melhor Escritor

Ed Brubaker (Captain America, Daredevil e Criminal)

Brubaker é o mestre das HQs de crime, e surpreendemente se deu bem em diferentes personagens. A HQ do Capitão América melhorou e muito depois que ele assumiu junto com Steve Epting na arte. Além disso, ele pegou a bomba de seguir Bendis no Demolidor depois das trocentas edições que este fez com o Maleev (que foram sensacionais por sinal). E Brubaker não só manteve o nível como em alguns momentos excedeu. E ainda lançou Criminal, que ainda não acabou, mas já agradou. Melhor escritor do ano pra mim.

Warren Ellis (Nextwave e newuniversal)

Warren Ellis deveria estar todo ano nas listas de melhores. Nas minhas pelo menos ele sempre esta, e esse ano principalmente por um título, Nextwave. Como eu já falei muito sobre Nextwave aqui, quem quiser entender mais é só rolar a página para baixo.

Mark Millar (Civil War e ocasionalmente Ultimates)

Millar já provou que é muito bom, e esta fazendo um puta trabalho comandando e escrevendo o Civil War, que segue muito bem (apesar do maldito atraso). Vamos ver como termina. Identity Crisis do Brad Meltzer foi bem até o último número, daí cagou tudo e mudou muito pouco. Torço pra que Civil War acabe tão bem como começou. E além disso ele continua escrevendo Ultimates, que sai uma vez a cada equinócio, mas continua foda. Pena que é a última série dele e do Brian Hitch por lá.

Brian Wood (Supermarket e DMZ)

Além de seus gibis se beneficiarem do fato de Brian Wood ser um designer e cuidar de toda a parte gráfica com categoria, eles são muito bem escritos e originais. Supermarket foi uma das melhores mini-séries que eu li esse ano, e mesmo o final ter deixado um pouco a desejar, não estragou. E DMZ é dos melhores gibis que surgiram nos últimos tempos, e continua firme. Wood esta indo pras grandes editoras, vamos ver no que vai dar.

Grant Morrison (All Star Superman, 52)

Morrison esta aqui exclusivamente por estar escrevendo All Star Superman, que é um dos melhores títulos que eu li esse ano. Belíssimo trabalho com o Homem de Aço, mesmo com tudo que já foi feito por aí, Morrison conta uma história do Superman muito interessante, repleta daquela ficção científica já vistada por Alan Moore quando trabalhou com o herói. Bem mais do que o All Star Batman por sinal.

Brian Bendis (New Avengers e Ultimate Spider-Man)

Bendis dispensa comentários, depois de fechar com chave de ouro sua passagem pelo Daredevil, e manter o nível no Ultimate Spider-Man há mais de 100 edições, ele ainda arrumou tempo para dar uma turbinada nos Avengers e arrebentou no New Avengers. E ainda participou do Civil War.


Melhor Desenhista

Lenil Yu (Ultimate Wolverine vs Hulk, New Avengers, Silent Dragon)

Lenil Yu arrebentou esse ano. Depois de trabalhar um tempo na DC (onde desenhou o ótimo Superman Birthright) e finalizar sua mini-série para Wildstorm (Silent Dragon) ele retornou a Marvel e desenhou o Ultimate Wolverin vs Hulk. Animal o trabalho, pena que só saíram dois números. Sem residência fixa ele desenhou pra todo o lado na Marvel, uma série de capas e pequenas histórias, com destaque para a história do Luke Cage no New Avengers, que por sinal será enfim sua casa em parte de 2007. Melhor desenhista do ano.

Darwyn Cooke (Batman/Spirit e Spirit)

Cooke já tinha quebrado tudo em New Frontier, que foi republicado em um Absolute e trouxe uma cacetada de esboços dele. O que só comprovou o que eu já sabia. Oriundo da animação Cooke tem um senso estético apurado e uma habilidade gráfica impressionante. Ao casar isso com Batman e principalmente Spirit, não tem como não arrebentar.

Steve McNiven (Civil War)

Eu vi o trabalho de McNiven primeiro no Fantastic Four Marvel Knights e gostei bastante. Bem influenciado por Travis Charest, McNiven arrebentou no New Avengers e foi escalado para desenhar o maior evento da Marvel no ano, Civil War. E pelo que eu vi até agora continua mandando bem.

Stuart Immonen (Nextwave)

Também já falei desse no texto sobre Nextwave lá embaixo. Immonen me impressiona desde Superman Secret Identity e no Nextwave não decepcionou.

Adam Kubert (Action Comics)

Eu sou meio suspeito pra falar de Adam Kubert, sou fã do trabalho dele desde Wolverine ou X-Men. E enfim ele resolveu brincar no quintal vizinho e assumiu os desenhos do Superman em Action Comics, e sua arte esta espetacular. Ainda não saquei exatamente por quê, mas ele mudou mais uma vez e agora com algo bem inovador. Vou esperar para ver as próximas edições antes de dizer mais.

Hiroaki Samura (Blade of the Immortal)

Isso é que é consistência! Depois de 120 edições de Blade of the Immortal eu não consigo olhar pra trás e lembrar de alguma que eu tenha lido e achado o desenho mais ou menos. Ou que eu tenha percebido que estava pior do que as outras. Samura sempre impressiona, mesmo quando desenha pouco.

Juanjo Guarnido (Blacksad)

Já falei dele também, procure o texto sobre Blacksad aí embaixo. O terceiro volume da série só provou que o espanhol desenha muito.

Carlos Pacheco (Superman)

Gosto bastante da arte de Carlos Pacheco, desde Avenegers Forever, passando por Arrowsmith e agora Superman. Li três edições dele no Super e achei muito boa a arte.

John Romita Jr. (Eternals)

Outro cara que eu sou supeito pra falar. JrJr pra mim é um dos melhores. Storytelling, desenho, o que for ele arrebenta. Não desenhou tanto como em outros anos, mas sua arte em Eternals, escrito por Gaiman, foi um puta trabalho.

sábado, janeiro 06, 2007

Melhores de 2006 - Parte 1 (Filmes)


Começo de ano, tempo de premiações e bilhões de listas ao redor do mundo com os melhores filmes do ano passado. Aqui está a minha lista dos 10 melhores filmes de 2006 em ordem alfabética (essa lista tem os filmes que vi, imagino que é possível ter algum que não vi que poderia entrar na lista):

- A Bittersweet Life - Não foi lançado no Brasil ainda (e nem sei se será) mas vi o DVD importado.
- A Criança
- Filhos da Esperança
- Os Infiltrados
- O Labirinto do Fauno
- O Que Você Faria?
- Serenity – A Luta Pelo Amanhã - Esse eu vi ano passado na mostra, mas ele foi lançado esse ano direto em DVD (esses porcos das distribuidoras!).
- V de Vingança
- Vôo United 93
- 007 - Cassino Royale

Chegaram perto de entrar na lista:
- Abismo do Medo
- Caché
- O Grande Truque
- Máscara da Ilusão (Lançado direto em DVD)
- Rejeitados Pelo Diabo (Lançado direto em DVD)

E ainda dou destaque para esses outros 12 filmes (também em ordem alfabética):
- O Balconista 2 - Não foi lançado no Brasil ainda, mas deve ser lançado esse ano (eu vi na mostra de cinema).
- Bubble
- Hooligans (Lançado direto em DVD)
- Jogos Mortais 3
- Lady Vengeance - Também não foi lançado no Brasil ainda, mas vi o DVD importado.
- Murderball – Paixão e Glória
- Obrigado por Fumar
- O Plano Perfeito
- A Proposta (Lançado direto em DVD)
- Seres Rastejantes
- Superman – O Retorno
- X-Men – O Confronto Final

Destaco tambem esses 3 filmes nacionais (afinal, estamos no Brasil e precisamos incentivar nosso cinema):
- O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
- Cinema, Aspirinas e Urubus
- Crime Delicado